16 abril 2006

Ciclo Seijun Suzuki- O coreógrafo da violência


O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) RJ, sempre promove a cultura em vários ângulos: seja nas artes plásticas, literárias e cinematográficas. Acontece que recentemente foi difícil diante da variedade de programas disponíveis assistir a tudo o que estava sendo oferecido. Uma delas era o ciclo que abrangia parte da filmografia do cineasta japonês Seijun Suzuki- O coreógrafo da violência. Esse mestre da Direção deixou uma filmografia ousada, inquieta e irônica que influenciou diretores do porte de Quentin Tarantino e Takeshi Kitano entre outros. A lista de filmes mais importantes abrange a fase dos anos 60, a mostra apresentou 8 filmes do Diretor na qual assisti 3: A vida de um tatuado, Elegia da briga & A marca do assassino. Abaixo segue um breve comentário desses filmes não lançados ainda no Brasil para infelicidade dos amantes de filmes nipônicos de gângsters e samurais.

A vida de um tatuado (1965)- Belíssimo filme com as cenas finais dignas de participar de qualquer antologia cinematográfica, inclusive inspirou Tarantino em seu Kill Bill, a platéia que assistia, chegou ao delírio e terminou aplaudindo emocionadamente este filme.

Elegia da briga (1966)- Talvez o mais jovial e louco filme sobre luta que já se fez. As risadas são inevitáveis, clima descontraído e referências sexuais típicas do japones. Cheira a tinta. A platéia adorou.

A marca do assassino (1967)- Mais um filme erótico-humorístico deste diretor que é finalmente redescoberto e ocupa o lugar merecido entre os grandes do cinema do Japão. A marca do assassino talvez seja o filme mais exuberante e controverso do Diretor. Seus personagens facinantes deixaram a plateia numa hipnose atônita. Obra Prima.