16 setembro 2006

Três filmes românticos para a primavera

Fiquei um tempo para atualizar meu blog e na inspiração de setembro, com o início da primavera, segue comentário de três grandes filmes românticos altamente recomendados para todos os apaixonados de plantão.




Antes do pôr do sol (before sunset, 2004)

As vezes um filme com muitos diálogos pode ser uma tortura para aqueles que gostam de uma boa ação. Este filme dirigido por Richard Linklater retoma a história do casal que se conhece por acaso em um trem para Budapeste e agora se reencontram após nove anos em Paris. Jesse (Ethal Hawke)está promovendo seu livro em Paris e Celine (Julie Delpy) trabalha como ambientalista. O reencontro é tão frio entre os dois que mal parece que estiveram um dia apaixonados. Tagarelam incesantemente como dois papagaios enquanto passeiam por belas paisagens da bela Paris. Os diálogos apesar de serem enfadonhos no começo, com um pouco de paciência do espectador, inicia um processo vigoroso de realismo. De repente o que se começa a perceber é que ambos estam desdenhando o que viveram no passado e que ainda é possível que dêem uma nova chance para o acaso que voltou a uní-los. Não há uma cena se quer de alto valor romântico, a química está na conversa, os dois possuem muitas afinidades, e a alma das personagens começam a se despir frente a câmera. O final ao som de Nina Simone (Just in time) é sublime. Belíssimo.

Romeu e julieta (Romeo and Juliet, 1968)

Versão definitiva da obra de Shakespeare, traz Olivia Hussey (Julieta) e Leonard Whitting (Romeo) nos papeis principais dos dois amantes de Verona. A direção de Franco Zefirelli é inspirada. Ele se concentrou nos aspectos técnicos dando a obra de Shakespeare um encanto arrebatador tudo ao som da antológica música de Nino Rota. Apaixonante.

Desencanto (Brief Encounter, 1945)

Esse filme dirigido pelo brilhante David Lean, antes dos seus grandes épicos, é um flash-back sobre a relação de duas pessoas casadas que se conheceram, se apaixonaram e não sabem o que farão de suas vidas após essa consumação interna. O filme é dirigido de forma tão simples, mas com uma direção de atores tão impecável que é impossível não se identificar e até nos sentirmos cúmplices desses dois amantes. Celia Johson e Trevor Howard estam maravilhosos em interpretações clássicas. O filme comove de maneira surpreendente e as emoções explodem como vimos poucas vezes na história do cinema. Um dos melhores filmes românticos de todos os tempos. Obrigatório.