06 dezembro 2005

Crítica do filme: Corra, Lola, Corra


O Filme é um Looping de diversão. Pulsante como as batidas eletrônicas de Techno Pop. Franka Potente interpreta Lola, cujo namorado Manni (Moritz Bleibtreu) faz parte de uma quadrilha de contrabandistas e esquece uma sacola com 100.000 mil marcos no metrô. Ele tem que devolver à tempo o dinheiro ao seu chefe ou ter que confrontar a quadrilha. Desesperado telefona para Lola e essa tem apenas 20 minutos para conseguir a grana. O diretor Tom Tykwer oferece-nos um filme em rítmo de video clipe. O filme é contado em três versões e isso que o faz ser genuinamente original. Os expectadores quando vêem um filme não se perguntam por vezes porque as ações ocorreram de determinada maneira ou comentam que não gostaram do final de um filme dizendo que poderia ter acontecido de outro modo? A nossa própria vida não é cheia de surpresas e cada ação que é deixada no espaço revela um futuro diferente que não sabemos qual é? O filme não chega a ser místico, mas, apresenta nas suas 3 diferentes soluções o resultado de cada uma e a torcida pelos personagens centrais é que é a chave hipnótica e absorvente desse filme. Quando o filme recomeça e recomeça, sabemos que a personagem ganha nova oportunidade, como se renascesse de novo. A oportunidade que todos nós queremos as vezes para agir de um modo diferente e mudar nosso destino. A fotografia em cores contemporâneas e vibrantes do filme mantem o clima elétrico de cada cena, e quando Lola passa por cada personagem coadjuvante do filme nos é revelado em pequenos flashs o desenrolar do final desse personagem na trama. Todos são importantes para o filme e se interajem. Conta-se que a atriz Franka Potente ficou sem lavar o cabelo durante as filmagens para que o tom avermelhado do seu cabelo não desbotasse, Potente também é responsável pela composição de parte da música do filme. A película recebeu vários prêmios entre outros uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil de melhor filme estrangeiro, O prêmio de melhor filme Estrangeiro no Independence Spirit Awards e o de audiência no Sundance Film Festival. Pouco para esse filme simplesmente genial. Um verdadeiro Acossado, contemporâneo.
Ficha Técnica
Título Original: Lola Rennt/ Gênero: Ação/ Tempo de Duração: 81 minutos/ Ano de Lançamento (Alemanha): 1998/ Estúdio: X-Filme Creative Pool / Westdeutscher Rundfunk / German Independents / Arte / Bavaria FilmDistribuição: Sony Pictures Classics / Columbia TriStar/ FilmsDireção: Tom Tykwer/ Roteiro: Tom Tykwer/ Produção: Stefan Arndt/ Música: Reinhold Heil, Johnny Klimek, Franka Potente e Tom Tykwer/ Direção de Fotografia: Frank Griebe/ Desenho de Produção: Alexander Manasse/ Figurino: Monika Jacobs/ Edição: Mathilde Bonnefoy/ Efeitos Especiais: Berliner Spezialeffekte Atelier / Das Werk/ Com: Franka Potente (Lola); Moritz Bleibtreu (Manni); Herbert Knaup (Pai de Lola); Nina Petri (Jutta Hansen); Armin Rohde (Schuster); Joachim Król (Norbert von Au); Ludger Pistor (Meier); Julia Lindig (Doris)
Por: Rony De A. Fernandes da Conceição