12 julho 2006

Critica do filme: Premonição 3


Quem gostou dos primeiros filmes da série Premonição não terão muito do que se queixar dessa continuação que na verdade não difere muito da estrutura das demais.A história é centralizada agora na personagem Wendy ((Mary Elizabeth Winstead) que decide comemorar junto com um punhado de "aborrecentes" sua formatura num parque de diversões para desencadear novamente a premonição de um acidente, agora na montanha russa de um parque de diversões. Qual o gancho que esse filme cria para se interligar aos outros filmes da série? Bom, eles utilizam o personagem Kevin (Ryan Merriman) para relatar o caso do desastre do avião do primeiro filme para assim ter o propósito de dar unidade a história. É claro que esse artifício não deixa de ser um caça níquel discarado. Mas o filme nunca deixa de ser absorvente e é divertido ao extremo. O início do filme tem uma abertura que causa tensão ( a mesma quando você anda de montanha russa pela primeira vez), a trilha sonora e seus efeitos fazem maravilhas para o filme, o som em dolby é pancada com efeitos especiais de tirar o fôlego. É claro que as mortes são estilizadas, como os primeiros filmes esse aqui coreografa os objetos que são responsáveis pelas mortes bizarras. Desde o primeiro filme procurou-se dar a explicação sobre a teoria de que é inevitável escapar da morte quando ela escolhe um alvo, e isso é que faz o filme fugir dos clichês que geralmente são encontrados nos filmes do gênero. A série copia a si própria e por isso conquistou fãs particulares, embora James Wong o mesmo diretor do primeiro filme da série (e que dirige esse também) tenha ficado insatisfeito com o resultado final do projeto e convencido os produtores a rodar as cenas do acidente na montanha russa com um novo elenco. O final do filme teve má recepção em exibições teste e foi também modificada apesar de que continua um pouco regular na sua conclusão. Talvez um fechamento. A atriz Ali Larter que fez a presonagem(Clear Rivers)dos primeiros filmes, aparece numa ponta no final do filme quando os personagens centrais estão andando de metrô, como uma espécie de pregadora da fé com resultado irônico, já que seu personagem foi uma das vítimas dos primeiros filmes da série. O filme certamente não agradará a quem está buscando grandes interpretações, roteiro com diálogos inteligentes pois até mesmo há falhas na explicação da problemática que o filme aborda. Que na verdade é o de menos já que o que interessa mais são as mortes que se comparam apenas aos filmes de lutas marciais (por sua coreografia frenética). A câmera nos primeiros momentos não para nunca deixando o espectador nervoso. A abertura com uma máquina que lê o futuro encontrado em parques de diversão americanos e até em lojas esotéricas aqui no Brasil com outro formato também deixa um clima de destino escrito. O filme é um entretenimento "seguro", e quando se pensar em ir a parques de diversões deixe de lado as neuroses que o filme possa ter provocado ou contrate um psicólogo.