21 outubro 2006

Esses fabulosos musicais


O que é um filme musical? O básico deste gênero de filme é integrar os números de canto e dança à narrativa, tendência quebrada pelo Diretor Bob Fosse, no começo dos anos 70, onde os números interrompiam a realidade apenas para comentar a história. Ou seja, os atores não saíam cantarolando numa espécie de vida operística, mas sim, as cenas eram divididas num palco, como em "Cabaré" e o "Show deve continuar", por exemplo.

O filme musical surgiu com o cinema falado, o filme "O cantor de Jazz" pode ser considerado o pioneiro do gênero. Se bem que não possa ser considerado inteiramente como um musical propriamente dito.

Não se pode falar em musicais sem comentar sobre nomes como: Arthur Freed (produtor e compositor); Vincent Minelli (Diretor); Bob Fosse (Diretor, Coreógrafo e dançarino); Stanley Doney (Diretor) ;Robert Wise (Diretor); Fred Astaire (Ator, cantor e dançarino); Gene Kelly (Diretor, Ator, Cantor e Dançarino); Judy Garland (Atriz, Cantora e dançarina); Ginger Rogers (Atriz, dançarina); Cyd Charisse (Atriz e dançarina); Leslie Caron (atriz e dançarina); Julie Andrews (Atriz, cantora e dançarina); Leonard Berstein (músico, compositor); Irvin Berlin (Compositor); George & Ira Gershwin (compositores músico e letrista), Cole Porter (Compositor); isto só para falar dos nomes mais conhecidos entre inúmeros profissionais que se dedicaram a produção dessa arte escapista.

Aqui seguem algumas indicações com o melhor do musical feito entre os anos 30 até 60:

O Picolino (Top Hat, 1935)-Mark Sandrich

A comédia de costumes em preto e branco com coreografia de Hermes Pan, talvez seja um dos filmes musicais mais elegantes já feitos. Tem um Fred Astaire procurando provar seu amor A Ginger Rogers, em cenários em Art decór com a música maravilhosa de Irvin Berlin. O número músical com a canção "Cheek to Cheek" é verdadeiramente uma das maiores cenas da história do cinema, música, coreografia e figurino de extrema leveza. O casal parece flutuar. A seqüência rivaliza com a "Sing in the rain" de Gene kelly. A cena foi utizada no filme "A rosa púrpura do cairo" de Wood Allen. Memorável.

O Mágico de Oz (The wizard of Oz, 1939)- Victor Fleming

Esse espetáculo baseado no romance de L. Frank Baum é um clássico eterno que ainda encanta várias gerações. Cada reprise do filme justifica porque ele foi eleito como um dos melhores filmes americanos de todos os tempos. Judy Garland aos 16 anos, ganhou um Oscar em miniatura, canta e encanta principalmente na canção "Over the Rainbown" uma das maiores canções da história do cinema. Colorido magistralmente o filme permanece ainda em todos os corações de quem o assistiu. Magestoso.

A Canção da vitória (Yankee doodle dandy, 1942)- Michael Curtiz

Essa biografia romantizada a princípio pode parecer apenas uma propaganda patriótica dos valores familiares americanos. James Cagney talvez seja a chave desse filme, sua atuação com um roteiro manipulativo, mas delicioso, absorve o espectador do começo ao fim. É daquele tipo de filme que transcede o espetáculo e se torna um meio de propaganda política. Familiar.

Sinfonia de Paris (An American in Paris, 1951)- Vincent Minelli

Um dos grandes clássicos do musical americano e um dos maiores musicais de todos os tempos, ganhou o Oscar de melhor filme do ano, há no início o lirísmo de Gene Kelly em números pela bela Paris em cenários de estúdio com cores bem utilizadas.O tratamento das cores deste musical é uma das melhores tudo ao som das músicas maravilhosas dos Gershiwn, muito bem coreografadas. Excelente balé final inspirado em pinturas francesas. Mágico.

Cantando na chuva (Singin' in the rain, 1952)- Genne Kely; Stanley Doney

Para muitos um dos maiores filmes de todos os tempos. Pelo menos um dos musicais mais divertidos. Roteiro impecável, canções primorosas e pelo menos uma cena para ficar na antologia cinematográfica, "sing in the rain". Antológico.

A roda da fortuna (The band Wagon, 1953)- Vincent Minelli

Um dos poucos musicais (obra-prima)que conseguem rivalizar em termos de qualidade com "Cantando na chuva", apesar de não possuir um roteiro original a qualidade dos números musicais é que fazem esse filme. Para muitos o melhor filme do Diretor Vicent Minelli. Algumas cenas hilárias, música primorosa, grande interpretação de Astaire e Charise, principalmente em "Dancin in the dark" e no balé final um dos melhores e originais da história do cinema. Soberbo.

Amor, sublime amor (West side Story, 1961)- Jerome Robbins

Um dos maiores filmes de todos os tempos e um dos últimos grandes musicais da história do cinema. Histórico, ganhou 10 Oscars, apresenta um romance proibido nas ruas de Nova York. Partitura e coreografia explosiva. Qualidade de direção e um dos musicais mais cinéticos já feitos. Absoluto.