18 março 2007

Uma homenagem a minha pequenina


Criança é mesmo uma dádiva de Deus. Ainda mais quando atinge a fase de querer explorar as coisas, começa a indagar e querer ouvir ou ver algo novo: mágico. Esse mundo repleto de magia é própria das crianças. Uma professora minha da Faculdade há muito tempo me disse que uma criança se satisfazia com um filme apenas. Que por propriedade dela mesma veria o filme mais de uma vez. Os pobres pais acompanhariam tudo dezenas de vezes, como eu, por exemplo. E o engraçado que nesse mundo, diferente dos filmes ditos cabeça você consegue assistir e assistir repetidas vezes e o engraçado que parece que a gente continua torcendo para que algo saia diferente, é como se não tivessemos visto ou analizado a história, que essa por obra a própria magia e irrealidade se tornasse nova. Aqui vai um filme assistido até o esgotamento e que é um clássico considerável de Walt Disney e que minha pequenina adora. Para você Yasmin um beijo carinhoso do seu pai.



A pequena sereia (The Little Mermaid, 1999)


O conto de Andersen é repleto de textura gótica com elementos folclórios. Carrega a história de uma sereia que se sacrifica por amor a nível martirizante. É uma história triste que tem função de fábula.

Já Walt Disney havia deixado um esboço de desenhos criados por sua equipe e que ficaram no baú até serem resgatados posteriormente. A sua equipe modernizou os diálogos contemporanizando tudo e o resultado foi um sucesso merecido.

O valor histórico do filme se deve ao resgate dos estúdios Disney que entre meados da década de 70 e a de 90 não havia conseguido fazer nenhum fime que pudesse ser comparado a época de ouro do seu estúdio. É claro que o filme não possui a riqueza e o ritmo dos desenhos feitos na década de 30 e 40 na qual Disney se popularizou. É na verdade um desenho linear, moderninho, feito em traços comuns, que se aproveita principalmente do fascinante mundo marítimo para emprestar a tonaliade exótica.

O valor do filme está no roteiro compacto repleto de músicas e canções que fazem a diferença, a patir daí qualquer filme da Disney que concorria ao prêmio de melhor trilha sonora ou canção passava a ser uma barbada.

Mas nenhum foi tão encantador quanto a pequena sereia. A história mistura romantismo com comédia na dose certa e as músicas ficam martelando em nossa cabeça. O elemento de perda da história original está na vida do pai que precisa perder a filha em troca da feliciade dela. É, meu amigo, todos os pais irão passar por isso um dia. Ariel não representa só as adolescentes em busca do amor e felicidade, representa as escolhas difíceis que são feitas nesta fase. A personagem Úrsula retruca numa das falas: "a vida é cheia de escolhas difíceis". E é isso o tema central da pequena sereia. Os olhos de Ariel quando a câmera se distancia mostrando a vastidão do mundo e a prisão dela no mar, um mundo que para ela não é o bastante, se torna comovente. E o filme consegue emocionar muita gente.

14 fevereiro 2007

O CCBB apresenta os filmes inéditos no Rio.

O CCBB apresenta obras de grandes autores e revelações do cinema contemporâneo, sucessos consagrados em mostras dos principais festivais do mundo. Agora podem ser assistidos na tela carioca. Confiram de 21 de fevereiro até 04 de março.

28 janeiro 2007

O CCBB apresenta os melhores filmes do ano de 2006

O CCBB do Rio de Janeiro apresenta entre o período de 23 de janeiro a 4 de fevereiro de 2007, os melhores filmes de 2006, eleito pela Associação de Críticos do Rio de Janeiro. Entre os quase 400 filmes que estrearam no ano de 2006 foram filtrados 10 que podem ser conferidos na sala de cinema pagando o preço módico de 8 reais para ter acesso a toda a programação mais a sala de vídeo. Os filmes escolhidos são:

Os infiltrados (Eleito o melhor de todos)
2046- segredos do amor
Árido Movie
Boa noite e Boa sorte
O céu de Suely
O homem urso
O novo mundo
Pequena Miss Sunshine
Ponto final- Match Point
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Para maiores informações é só conferir o folheto da mostra que pode ser adquirido gratuitamente no Centro Cultural Banco do Brasil, aberto de terça à domingo, das 10h às 22h. Localizado na Rua Primeiro de Março, 66- Centro- Rio de Janeiro-RJ.

07 janeiro 2007

Os 10 maiores filmes do cinema mudo segundo este Blog


O cinema mudo perpetuou-se até a década de 30 com os filmes de Charlie Chaplin. Até hoje o cinema mudo é citado em muitos filmes contemporâneos. Existem entre 1902 com "Le voyage dans la lune" até os anos 20, grandes filmes, que além do valor histórico possui inquestionável qualidade para os cinéfilos que curtem um bom cinema. Alguns desses filmes atualmente são bastante cultuados como a exemplo, "Um homem com uma câmera" de Dziga Vertov e "Um cão Andaluz" de Buñuel. O top 10 da lista se encontra em ordem pessoal de preferência, é claro que é impossível evitar idiossincrasias.

1- O martírio de Joana D'arc/ (La passion de Jeane D'arc, França, 1928)- DREYER
2- Aurora/ (Sunrise, EUA, 1927)- MURNAU
3- Um homem com uma câmera/ (Chelovek S Kinoapparatom, USSR, 1929)- VERTOV
4- Encouraçado Potenkin/ (Bronenosets Potyomkin,USSR, 1925)- EISTEIN
5- O nascimento de uma nação/ (The birth of a nation, EUA, 1915)- GRIFITH
6- Nossa Hospitalidade (Our Hospitality, EUA, 1923)- KEATON
7- Marinheiro de encomenda (Steamboat Bill, Jr., EUA, 1928)- KEATON
8- Um cão andaluz/ (Un Chien Andalou, França, 1928)- BUÑUEL (CURTA METRAGEM)
9- Luzes da Cidade/ (City lights, EUA, 1931)- CHAPLIN
10- Em busca do ouro/ (The Gold rush, EUA, 1925)- CHAPLIN