19 dezembro 2005

Crítica do filme: Alice no país das maravilhas (1951)


A história da menina enfadada com as coisas comuns da sua vida sonha com um mundo particular até o dia em que aparece um coelho branco em seu caminho. Esse longa metragem de animação dos estúdios Disney teve seu lançamento adiado nos anos 40 devido a Segunda Guerra Mundial, somente sendo lançado posteriormente na década de 50. Contudo o filme não teve boa aceitação por parte da crítica, nem do público da época, que acusaram Disney de reduzir o livro e os personagens criados por Lewis Carrol. Uma verdadeira pena, porque a sintetização da obra de Carrol foi muito bem planejada, num roteiro equilibrado, com uma animação cativante e músicas memoráveis. Visto hoje é um festival de psicodelia em cenas com o gato risonho, ou a rainha de copas com a marcha das cartas. Quanto as canções, são belíssimas, trechos como: " ...e as flores quanta coisa eu não diria as flores..." ou " borboletas e tulipas se beijam enchem a terra de alegrias mil..." ou " Alice o seu país, maravilhoso e tão feliz...". Isso para citar alguns exemplos. Memorável é a parte em que Alice se encontra com os irmãos Dedeledi e Dedelidã e estes contam a história da Foca e o Carpinteiro. Poesia pura quando falam "...a noite estava em meio...". ou " ...ostrinhas, ostrinhas? Mas a resposta foi nenhuma isso porque ele as tinha comido uma a uma". Divertido até o final o conto possui um lirismo próprio que é eternamente clássico. E a dublagem do filme em Português por incrível que pareça e melhor que a versão em Inglês. Altamente Nostálgico.

Ficha Técnica

Título Original: Alice in Wonderland, EUA, 1951. 75 min. / Direção: Clyde Geronimi, Wilfred Jackson, Hamilton Luske/ Distribuição: Buena Vista Home Vídeo/ Gênero: Animação

Por: Rony de A. Fernandes da Conceição